segunda-feira, 30 de maio de 2016

amor de mãe

Quem nunca ouviu dizer que "por um filho fazemos tudo"?
Ninguém... correto...?

Eu sinto-me assim....

No Colégio (pago a 100% por fundos privados - os meus) onde andam o Pirralho e o Princepe Herdeiro, há uma iniciativa girissima, à qual eu tenho vindo a aderir fervorosamente na perspetiva de adepta. Um teatro de pais.

Algo amador, feito com casmurrice e empenho de mães e pais, que escrevem textos, criam personagens, confecionam fatos, constroem cenários, tratam do som, da luz, dos cartazes,.... e tudo o mais que há para tratar quando se está a falar de uma peça de teatro.

Confesso que na primeira peça que fui ver, há já uns anos, ia com as expectativas muito em baixo. Pensava que ía ser presenteada com algo arcaico, uns cenários pobrezinhos... mas não...

Fiquei agradavelmente supreendida com o que se passou perante mim.
Gente empenhada, textos com qualidade, mensagens e piada, adereços e cenários de fazer inveja a muitas companhias de teatro por esse país fora.

Ano após ano as peças têm-se sucedido. Ano após ano tenho vindo a ser surpreendida.

Estas peças têm vindo a ser exibidas anualmente, por alturas do 1 de junho a um público composto por criticos exigentes, atentos ao pormenor.
Público que não aceita brancas, que exige dos seus atores o melhor que eles têm para dar.
E não dar o máximo não é hipótese.

No final do ano passado, o Princepe Herdeiro pediu-me para me juntar à "Companhia de Teatro".
Fiz-lhe a vontade e lá enviei a minha "candidatura".

Em Novembro do ano passado começaram os trabalhos.
Inicialmente a cada 15 dias lá estavamos nós a ensaiar, ou melhor, a ler uns textos num papel.
Com pouca entoação mas muita descoordenação.
Esta descoordenação não melhorou quando nos pediram para escolher uma música e arranjar uma coreografia.

Eu que tenho 2 pés esquerdos a dançar fiquei em pânico... Representar ainda vá que não vá, mas dançar? Em público?... Estive a pensar desistir, confesso.

Os ensaios foram-se sucedendo, a falta de tempo da minha parte para o texto e ainda mais para ensaiar a coreografia estavam a dar cabo de mim.
Apesar de querer muito aquilo, não estava a conseguir entregar aquilo que eu queria.
Cheguei a comentar com o maridinho que ia enviar um e-mail a dizer que não conseguia porque a pós graduação me estava a consumir imenso tempo.
Foi ele, a quem desde ja agradeço, que me disse que não o devia fazer porque me tinha comprometido comigo mesma e com outras pessoas e que não era simpático deixar a "Companhia de Teatro" na mão.

Estavamos a um mês da grande estreia...

Acho que esta mensagem foi o abanão que eu precisei... (esta e os puxões de orelhas que ensaio após ensaio íamos levando por não saber o texto).

De tablet em punho, fui passando vezes sem fim a coreografia... consegui encaixar os passos todos... foi ótimo porque quando finalmente consegui ensaiar com o resto da grupeta me disseram: "Ah, alteramos aqui uma coisa..." - Obrigadinha.... horas e litros de suor para decorar AQUELE passo e agora decidem trocá-lo por uns pontapés....

Respirei fundo e continuei...

Já com o texto decorado e os passos ensaiados, disse diversas vezes: "para o ano não me apanham aqui outra vez..."

No meio de tudo isto, tive de marcar um dia de férias para as apresentações... UM DIA DE FÉRIAS... (farta de tudo e ainda por cima tinha de gastar férias para estar ali, a fazer figuras em cima de um palco)

Bem, o que é certo é que o tempo acabou por passar a correr e no feriado lá estivémos nós a fazer o ensaio geral que correu uma M*RDA, mas como dizem que quando o ensaio geral é um fracasso a estreia é um sucesso, dei o beneficio da dúvida.

Não vos vou contar detalhes, mas digo que fizemos 3 exibições: para os alunos do pré escolar, para os do 1º ciclo e no dia seguinte para os pais amigos e quem mais quisesse ir assistir.

A sensação que tive após estas exibições foi a mesma que tive a seguir a parir as minhas criaturas...esqueci-me das dores, dos enjoos e dos incómodos e a recompensa de os ter ali pagou tudo isso. Aqui foi o mesmo... Ouvir os sorrisos, as palmas, ver a alegria daqueles pirralhos, foi impagável.

"- Mãe, para o ano vais outra vez?" - foi a pergunta do Princepe Herdeiro, mal acabou o ultimo espectáculo "- por favor..."

"Sim filho, para o ano estou cá outra vez" - respondi prontamente.


sexta-feira, 13 de maio de 2016

Como defender um Criminoso... a todo o custo

Srs. Drs... há uma canção que diz:
"Queria dizer que nãop, mas não consigo..."

O contexto da canção é outro, mas será que o Sr Dr Advogado deste senhor carenciado por amor, sabe que no contexto de uma violação, dizer "NAO" vale de ... vá.... NADA????

Daqui a pouco vai argumentar o quê? Que as vitimas estavam a pedi-las????

Arranje outro argumento para defender o seu constituinte...

Haja paciência