sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Furibunda

Imaginem o seguinte cenário:

Rotunda: eu vou sair na próxima saída, por isso coloco-me na faixa de fora.
Entretanto um carro que aparece pela direita assim meio à socapa, põe-se à minha frente, pede desculpa, avança e seguimos a nossa vida.
Ao que parece, houve um "senhor" atrás de mim que não ficou muito contente e apita-me. Ignorei.
Entramos na estrada e aquele "senhor" ultrapassa-me e fica a fazer gestos... Estavam pessoas numa paragem de autocarro que comentavam a situação. Eu mais uma vez ignorei enquanto reparava que o senhor tirava o cinto de segurança para sair do carro e me vir conhecer, não fiquei à espera e virei para a bomba de gasolina para não me irritar... Afinal é 6ª feira e está uma linda manhã de sol...

Aquele "senhor", não podendo virar na bomba, virou no cruizamento a seguir e conseguiu apanhar-me...
Imaginem uma rua estreita, com carros de ambos os lados e o "senhor" a querer ultrapassar-me para me barrar o caminho...
Juro... nunca reagi... mas estava nervosa como tudo...
Continuei o meu caminho e só pensava "-F***-se, como me vou safar desta... não posso estacionar senão ele sabe onde trabalho e mal eu pare o carro vou ter de estar a levar com desforo..."

Deus é grande e de repente avisto um policia que normalmente está a fazer a ronda por estes lados...

Parei junto ao policia e acusei que o senhor do carro atrás de mim me andava a perseguir à um tempo e a fazer ameaças...

Gostei de ver a coragem do senhor que me ultrapassou em frente ao policia, pela direita e fugiu a sete pés...

Filho da P*** (e eu que nem digo estas coisas...)

Estou aqui que nem posso, com uma crise de nervos que só deve acalmar lá pelas 10 da noite...

Anda tudo maluco!!!

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Não são os 50 que me assustam



Compreendo que quando o relógio biológico começa a tocar, não há snooze que o faça parar.

Isso deve ter acontecido à JJ, por isso até percebo que a senhora tenha vontade de ter um bebezinho, gordinho, fofinho lá por casa. É sempre bom ver que há quem tenha muito amor para distribuir, a sério, fico contente....

O que me assusta nas mulheres que aos 50 insistem em ser mães (e não necessariamente ou especificamente na JJ) é que, se aos 20 e aos 30 as alterações que uma mulher sofre no seu corpo já são, para muitas dificilmente suportáveis, aos 50 esses "incómodos" devem aumentar de uma forma indescritivel. Não sendo médica, não faço a minima ideia se, aos 50 o corpo da mulher pode dar ao bebé tudo aquilo que um corpo de 30 pode dar para que haja um desenvolvimento equilibrado e saudável, mas isso são considerações médicas que me abstenho de fazer sob pena de dizer disparates do tamanho deste mundo e de outro.

Assusta-me - ISSO SIM - pensar como é que estas mães de 50 estarão em condições de se sentar no chão a brincar com os pirralhos, a correr no parque, a andar de bicicleta, a fazer pinturas pela casa fora, a correr para ir buscá-los à escola, levar ao futebol, chegar a casa, dar banho, fazer jantar, dar jantar, meter na cama e finalmente sentar-se no sofá a ver 5 minutos da sua série preferida, antes de adormecer. (quer dizer.... bem vistas as coisas para esta última parte não é necessário chegar aos 50, garanto-vos).

Sim, assusta-me pensar se aquelas mães, não serão maes avós. Olhar para uma reunião de infantário e ver uma mãe de 28 sentada lado a lado com uma mãe de 55, a partilharem as mesmas dúvidas sobre se a criança come bem na escola, ou se se porta bem com os amigos.

Quando a criança chegar à faculdade a mãe já terá quase 70 anos... não deveria nesta idade estar a assistir ao crescimento dos netos?

Pergunto: não será uma questão de egoísmo ter decidido viver o que haveria para viver sem ter as criancinhas a "incomodar" para agora, aos 50 me dar ao luxo de ter um filho?

Mais uma vez, o que aqui escrevo vale o que vale, mas não podia deixar de partilhar este meu sentimento... Mas já sabem... eu tenho mau feitio...

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

9/11

Por mais anos que passem cada vez estou mais convencida que o Bin Laden nada teve a ver com o atentado nas Torres Gémeas e no Pentágono.

O que me deixa atónita é como é que é possivel um Governo ordenar uma demolição destas, ordenar a morte de milhares de pessoas e deitar a cabeça na almofada como se de um simples simulacro se tivesse tratado...

Minha gente.... fossem quais fossem os motivos que levaram a esta decisão (que nem vou entrar por aí) será que há algo que justifique a morte de toda aquela gente e o pânico de uma nação (para não dizer do mundo) por questões económicas...

Será que algum dia vamos descobrir a verdade??

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Não me lixem...

Parir...

Esse momento tão especial na vida de uma mãe ... e já agora, de um pai também.
O momento em que sai de dentro do nosso corpo uma coisinha pequenina que tem um poder gigante de mudar a nossa vida. A partir daquele momento "o que foi não volta a ser"...

Eu já pari 2 vezes (e acho que chega... já deu para ver como é).
Ao que parece tive sorte, foram 2 partos santos... sem complicações sem demasiada agitação... 

Chegou a hora e... voilá... aqui estão...

Por isso tenho uma opinião sobre o que é parir diferente de algumas pessoas, aliás costumo dizer com frequência que prefiro parir do que ir ao dentista.

Mas, não obstante toda a descontração com que enfrentei estes momentos, sempre tive a certeza de algumas coisas: 

1. O parto teria de ser feito com a minha médica - a quem peço desculpa por ter chegado tarde a um jantar e por ter faltado às lições de equitação...

2. Teria de existir serviço de neonatologia - as minhas crias teriam de ter todo o acompanhamento médico possivel

3. E P I D U R A L - "ah e tal, parto natural é que é!" - desenganem-se minhas amigas... a anestesista é a vossa melhor amiga... droga da boa... e muita... ah que maravilha... Agora sim, estamos em condições de avançar com o trabalho de parto...

E é por causa destas coisas todas que me faz um pouco de confusão esta "moda" dos partos em casa...
Sinceramente não estou a imaginar uma piscina no meio da minha sala, muito menos para este efeito...

De repente, passo os olhos por esse fantástico mundo que é a internet e vejo que há gente que, não só decide parir em casa, como envolve os filhos mais velhos nesta equação... ó Deus, mas anda tudo doido? Sim, não estou a brincar, vejam lá esta foto...



Isto é too much para mim...

Na semana passada deparei-me com uma noticia onde um casal tinha decidido fazer os eu parto em casa, e quando telefonou à enfermeira que os iria ajudar a mesma estava no Algarve e deve ter dito que chegava "já, já"... sendo que o casal era da zona de Lisboa... o já já são sempre pelo menos 2h e qualquer coisa...

Pois é mas a criaturinha não quis esperar pela enfermeira e nasceu...
Não vou desenvolver muito o que aconteceu, sei que, por falta de asisstência médica aquele piolhinho acabou por ir ter com os anjunhos...

Por isso sou muito a favor de parir com tudo aquilo a que uma mãe tem direito... informação minhas caras, muita informação nestes momentos de escolher onde parir...hospitais e clinicas há muitos, nem todos bons, mas raros são os que são muito maus... E se querem parir dentro de água, já há hospitais que o fazem...

E se mesmo assim decidirem que querem passar pela experiência de parir em casa, por favor, chamem os bombeiros para estarem à porta de vosa casa caso as coisas não corram como se espera... para o bem de todos...

Mas isto é só a minha opinião e como tenho mau feitio... vale o que vale....

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Trocos

Hoje fui pagar o parque de estacionamento.  Tinha apenas uma nota de 20€.
Entreguei o cartão e a nota ao senhor, o qual mal leu o código de barras do cartão me lançou um olhar de morte. Em seguida esteve "praí" meia hora a olhar para a nota...
Depois disto pergunta-me: -"não tem mais pequeno?"
Respondi educadamente que não, tinha apenas 0.20€ o que era manifestamente insuficiente para a despesa.
-"E agora?"- pergunto-me
"- pois que não sei.... eu tenho dinheiro, o senhor não tem troco, o que quer que faça?"
Eu bem sabia o que ele queria.... que voltasse ao shopping e que fosse trocar a nota... errado meu amigo... muito errado...

Depois de muito bufar aquela alma percebeu que não só eu não ia sair dali, como não ia pagar nem mais um cêntimo de parque e... pasme-se... apareceu o troco... certinho.... 1 nota de 10€ + 1 nota de 5€ e umas moedas...

Afinal o Amigo estava só a ser parvo...

Eu consigo....

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Ahhhh a Austrália

Aqui está mais uma das razões pelas quais não acho minimamente interessante ir visitar a Austrália...



Pergunto eu...

O IVA da restauração não baixou???

Isso não ia ter impacto nos preços praticados nos restaurantes e pastelarias e afins?

Desculpem se tenho andado distraída, mas não dei por nada...

Mas deve ser de mim e do meu mau feitio...

Ai meu deus, ai meu deus


segunda-feira, 30 de maio de 2016

amor de mãe

Quem nunca ouviu dizer que "por um filho fazemos tudo"?
Ninguém... correto...?

Eu sinto-me assim....

No Colégio (pago a 100% por fundos privados - os meus) onde andam o Pirralho e o Princepe Herdeiro, há uma iniciativa girissima, à qual eu tenho vindo a aderir fervorosamente na perspetiva de adepta. Um teatro de pais.

Algo amador, feito com casmurrice e empenho de mães e pais, que escrevem textos, criam personagens, confecionam fatos, constroem cenários, tratam do som, da luz, dos cartazes,.... e tudo o mais que há para tratar quando se está a falar de uma peça de teatro.

Confesso que na primeira peça que fui ver, há já uns anos, ia com as expectativas muito em baixo. Pensava que ía ser presenteada com algo arcaico, uns cenários pobrezinhos... mas não...

Fiquei agradavelmente supreendida com o que se passou perante mim.
Gente empenhada, textos com qualidade, mensagens e piada, adereços e cenários de fazer inveja a muitas companhias de teatro por esse país fora.

Ano após ano as peças têm-se sucedido. Ano após ano tenho vindo a ser surpreendida.

Estas peças têm vindo a ser exibidas anualmente, por alturas do 1 de junho a um público composto por criticos exigentes, atentos ao pormenor.
Público que não aceita brancas, que exige dos seus atores o melhor que eles têm para dar.
E não dar o máximo não é hipótese.

No final do ano passado, o Princepe Herdeiro pediu-me para me juntar à "Companhia de Teatro".
Fiz-lhe a vontade e lá enviei a minha "candidatura".

Em Novembro do ano passado começaram os trabalhos.
Inicialmente a cada 15 dias lá estavamos nós a ensaiar, ou melhor, a ler uns textos num papel.
Com pouca entoação mas muita descoordenação.
Esta descoordenação não melhorou quando nos pediram para escolher uma música e arranjar uma coreografia.

Eu que tenho 2 pés esquerdos a dançar fiquei em pânico... Representar ainda vá que não vá, mas dançar? Em público?... Estive a pensar desistir, confesso.

Os ensaios foram-se sucedendo, a falta de tempo da minha parte para o texto e ainda mais para ensaiar a coreografia estavam a dar cabo de mim.
Apesar de querer muito aquilo, não estava a conseguir entregar aquilo que eu queria.
Cheguei a comentar com o maridinho que ia enviar um e-mail a dizer que não conseguia porque a pós graduação me estava a consumir imenso tempo.
Foi ele, a quem desde ja agradeço, que me disse que não o devia fazer porque me tinha comprometido comigo mesma e com outras pessoas e que não era simpático deixar a "Companhia de Teatro" na mão.

Estavamos a um mês da grande estreia...

Acho que esta mensagem foi o abanão que eu precisei... (esta e os puxões de orelhas que ensaio após ensaio íamos levando por não saber o texto).

De tablet em punho, fui passando vezes sem fim a coreografia... consegui encaixar os passos todos... foi ótimo porque quando finalmente consegui ensaiar com o resto da grupeta me disseram: "Ah, alteramos aqui uma coisa..." - Obrigadinha.... horas e litros de suor para decorar AQUELE passo e agora decidem trocá-lo por uns pontapés....

Respirei fundo e continuei...

Já com o texto decorado e os passos ensaiados, disse diversas vezes: "para o ano não me apanham aqui outra vez..."

No meio de tudo isto, tive de marcar um dia de férias para as apresentações... UM DIA DE FÉRIAS... (farta de tudo e ainda por cima tinha de gastar férias para estar ali, a fazer figuras em cima de um palco)

Bem, o que é certo é que o tempo acabou por passar a correr e no feriado lá estivémos nós a fazer o ensaio geral que correu uma M*RDA, mas como dizem que quando o ensaio geral é um fracasso a estreia é um sucesso, dei o beneficio da dúvida.

Não vos vou contar detalhes, mas digo que fizemos 3 exibições: para os alunos do pré escolar, para os do 1º ciclo e no dia seguinte para os pais amigos e quem mais quisesse ir assistir.

A sensação que tive após estas exibições foi a mesma que tive a seguir a parir as minhas criaturas...esqueci-me das dores, dos enjoos e dos incómodos e a recompensa de os ter ali pagou tudo isso. Aqui foi o mesmo... Ouvir os sorrisos, as palmas, ver a alegria daqueles pirralhos, foi impagável.

"- Mãe, para o ano vais outra vez?" - foi a pergunta do Princepe Herdeiro, mal acabou o ultimo espectáculo "- por favor..."

"Sim filho, para o ano estou cá outra vez" - respondi prontamente.


sexta-feira, 13 de maio de 2016

Como defender um Criminoso... a todo o custo

Srs. Drs... há uma canção que diz:
"Queria dizer que nãop, mas não consigo..."

O contexto da canção é outro, mas será que o Sr Dr Advogado deste senhor carenciado por amor, sabe que no contexto de uma violação, dizer "NAO" vale de ... vá.... NADA????

Daqui a pouco vai argumentar o quê? Que as vitimas estavam a pedi-las????

Arranje outro argumento para defender o seu constituinte...

Haja paciência

sexta-feira, 22 de abril de 2016

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Mas não é da praxe...???

Tirar uma foto como esta?

Ou foi só a Lady Di que teve a ideia?

Do Putin à Dilma, a perfeitos desconhecidos faz parte sentar o rabo naquele banco. Basta uma pesquisa no google e aparecem imensas fotos.




Deixem a senhora descansar em paz...

E pronto, lá estou eu com o meu mau feitio...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Qual a diferença entre um restaurante e um casino?

Estava eu a pensar escrever sobre ingleses e chineses quando alguém escreveu isto:

"A 3 de Maio de 2007 uns pais ingleses deixaram 3 crianças sozinhas, numa casa de férias, e foram jantar. Quando regressaram, alegadamente deram falta da mais velha, com quatro anos. Alegadamente. Chamaram imensa gente e também a polícia. Alegadamente. Fizeram-se mártires e ai de quem viesse dizer que eles tinham uma quota parte de responsabilidade ou que foram negligentes, pobres senhores. Foram constituídos arguidos em Setembro de 2007, seis meses depois. Antes disso foram onde quiseram ir, incluindo a Roma, para ver o Papa. A 19 de Fevereiro de 2016 uns pais chineses deixaram uma criança de cinco anos sozinha em casa e foram para o casino jogar. A criança caiu da janela e morreu. Os pais chamaram a polícia, foram detidos para averiguações e constituídos arguidos. Não podem sair do país onde, negligentemente deixaram uma criança à sua sorte e onde, correndo tudo dentro da normalidade, serão julgados pelo crime que cometeram. Gostava de achar que o meu país aprendeu alguma coisa nos últimos quase nove anos, mas só acho que somos donos de uma dualidade de critérios que dói."

E ficou tudo dito...

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Voluntariado lá longe

Eu tenho uma posição no minimo estranha quanto ao voluntariado: sei que sem ele há muita coisa que não acontece, mas não sei se tenho estômago para isso.

Este meu sentimento de querer ajudar e não saber se consigo passa-se quando falamos em distribuir refeições pelos sem abrigo nas ruas de Lisboa, ir aos hospitais ajudar a animar aqueles que lá estão, organizar eventos com familias carenciadas, o que seja.

Tentei perceber porque é que eu queria tanto ajudar e nunca tinha dado esse passo, porque é que enfio a cabeça na areia tal qual uma avestruz. 

Acho que percebi: não me consigo desligar dessa realidade quando chega a hora de ir para a casa, para o conforto do meu lar, quentinho, com comida, água quente, para junto dos meus.

Não consigo ajudar uma criança durante umas horas e depois deixá-la onde a encontrei com a promessa de que voltarei outro dia para ajudar. Ir para casa e imaginar que aquela pessoa que estive a ajudar comeu provavelmente a única refição do dia e que vai regressar para um local que chama "casa" (quando este local existe...), e que provavelmente o pai ou alguem da familia vai chegar a casa bêbado e vai descarregar sobre esta criança ou sobre a sua mãe a frustração da sua vida.

É isto pronto, assumo queria muito mas nao posso largar as outras crianças e depois pegar nas minhas e seguir a minha vida como se nada se tivesse passado. Por isto prefiro fingir que não acontece.

Mas, felizmente, nem toda a gente é como eu e há muitas pessoas que estão disponiveis para ajudar e acima de tudo gostam e sentem-se bem a ajudar.

Aqui há uns tempos tomei conhecimento de um projeto que me despertou a atenção porque li algo como :

"O aeroporto faz o terminal de autocarros de Alcobaça parecer um luxo. "
Quem me conhece sabe que a terra onde "quem passa por Alcobaça, não passa sem lá voltar" é a minha terra isto bastou para tentar perceber o que se passa neste projeto.

Comecei por ver uma página de Facebook, e acabei num blogue.

Para mim tem sido viciante seguir as aventuras de alguem que deixa o conforto que a sua vida aqui neste cantinho à beira mar plantado proporciona (sim, ainda que com crises e furacões, assim somos um povo abençoado) para ir ajudar aqueles que já se esforçam por ajudar naquela que é considerada a maior favela do mundo.Não sabem do que falo? É disto


Penso eu, aqui atrás deste computador: Como é que alguém larga um T2 em Alcântara para ir para aqui??  Sitio que quando chove as pessoas mandam sacos cheios de ... (isso) para o meio da rua, onde só há água 3 dias por semana, onde o HIV é mato, onde bicharada anda por ali como se aquela fosse a sua casa, onde um dos caminhos para chegar a qualquer lado é uma linha de comboio que está quase soterrada por lixo.

Quem é que no seu perfeito juízo toma uma decisão destas?? Quem???

Aconselho-vos... leiam este blogue e percebam as motivações desta miúda que ainda há meses nos entrava pela televisão dentro e que agora anda a espalhar magia pelo Quénia profundo ajudando a Marta a tentar dar melhores condições de vida e perspetivas de futuro àquelas crianças.... 

Imaginam o que é não ter coisas simples como guardanapos.... sim, essa coisa com que limpamos a boca a seguir a comer qualquer coisa...

Ou a entender o luxo que é ter uma toalha de banho.

Ou achar que comprar sapatos rotos é ótimo, porque qualquer cosa é melhor que andar descalço na m... e no meio dos ratos....

Ou a perceberem que uma piscina com a água verde, tão verde como a relva de um estádio de futebol é tão normal que não há mal em dar ali um mergulho.

Ou a não entender que num país onde ganhar 70€ por mês é um luxo, um frasco de Brufen custar 12€ é  um roubo.

Onde as escolas publicas são tudo menos escolas e por isso proliferam escolas privadas onde a educação de uma criança, na melhor escola pode custar 1000€ / ano. (sim porque onde há pobreza há sempre os que se aproveitam e os que fazem da corrupção a sua forma de vida...) 

Leio este blogue e dia após dia continuo a visitá-lo à espera de ver as ultimas novidades da Diana in Kibera (From Kibera With Love), leio-o com uma ponta de inveja de não ter coragem de fazer uma coisa destas, mas contente por ver que há mais gente boa neste mundo do que gente má.

Acima de tudo e como cada um faz voluntariado como se sente melhor, decidi partilhar esta iniciativa deliciosa aqui neste espaço, neste espaço tão meu onde escrevo que me me apetece, sem censura, sem rede porque quero levar este projeto ao conhecimento de vocês que têm paciencia para me aturarem e para que cada um de nós possa de alguma forma ajudar...

Perguntam-me: Não se podiam ajudar as crianças em Portugal? É preciso ir para longe?

Sim, podemos ajudar as crianças de cá. Não, não é necessário ir para tão longe, mas ajudar não tem fronteiras.

Diana continua a apoiar com Força com esse projeto!