segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Sim, eu tenho mau feitio (mas vou viver mais que vocês....)

A propósito do post onde peço para manterem as criancinhas afastadas e da comparação que faço em relação à sua aplicabilidade para os animais, recebi alguns comentários mais ou menos indignados.

Eu passo a explicar.

Quem é que nunca ficou com as patas de um cão marcadas nas calças, ou com as mãos cheias de baba de tantas lambidelas??

Sempre tive cães, sempre gostei de brincar com eles, de os levar a passear, a correr.

O que nunca fiz foi impor os meus cães às outras pessoas.

O que quero eu dizer com isto? Que os meus cães sempre andaram de trela e por muito mansinhos que fossem, não iam ter com uma pessoa que encontravam na rua apenas "porque sim".

Eu sei lá se a outra pessoa é alérgica a animais, se tem fobias e que me vá morrer ali ao pé...
Ou se o cão se passa da cabeça e não obstante ser a coisa mais fofinha do mundo, decide mandar uma dentada à outra pessoa, ou ao animal que a acompanha.

É por tudo isto e mais alguma coisa que eu digo que os cães devem andar com os donos.
De trela. Juntinhos. Educadinhos.

Com as crianças é mais ou menos a mesma coisa...

Eu (como é óbvio) nem sempre tive crianças.
Sou filha única, por isso nem mesmo irmãos mais novos haviam lá por casa.

Nunca fui daquelas pessoas de ver um bebé e ir a correr ter com ele, pegar ao colo e dizer "ai que lindo... igualzinho ao pai."

Eu passo por um bébé, olho e... pronto... É SÓ UM BEBÉ!!!

Qual o motivo de se analisarem os bebés como se de projetos cientificos se tratassem... Tentar descobrir todas as parecenças que vão desde o padeiro, ao tio-avô que tinha os olhos daquela côr, ou o primo da avó paterna que tinha aqueles caracóis??? É um perfeito disparate (digo eu).

Um bebé é um bebé.
Há-os mais bonitos e mais feinhos... como os adultos.
Há-os mais gordos e mais magrinhos... como os adultos.
Há-os maiores e mais pequeninos... como os adultos.

Quando passamos por um adulto não temos vontade de apertar as bochechas, pois não???
(além de que é péssimo para os gordinhos estarem sempre a ver as bochechas esborrachadas) - e aqui sei do que falo

A esta hora já devem estar a pensar no insensivel que eu sou...

Não é bem isso. Gosto MUITO dos meus 2 rebentos.
Gosto muito de alguns dos filhos das/dos minhas/meus amigos.
Gosto de alguns dos outros bebés.

Mas não sinto essa necessidade que vejo por aí de os idolatrar.

Da mesma forma até posso estar com uma criancinha ao colo, mas, quando não são as minhas, se choram vão imediatamente para as mãezinhas (o mesmo se passa quando há "presentes na fralda").

Quando digo que a imagem que publiquei (aqui) é a minha cara, refiro-me ao facto de saber (acho eu) escolher as situações em que vou a determinados locais acompanhada das criaturinhas que habitam lá em casa, das situações em que não os levo.

Qual o sentido de levar dois pirralhos, rapazes, irrequietos para um almoço / jantar de cerimónia? Vou andar de saltos altos e vestido comprido a correr atrás deles?

Qual o sentido de levar dois pirralhos, rapazes, irrequietos para uma tarde de compras no shopping?
Alguém consegue comprar alguma coisa, se tiver de estar sempre atenta a ver onde estão e o que estão a fazer a todo o momento?

Qual o sentido de levar dois pirralhos, rapazes, irrequietos para um local onde (já para os adultos) será uma seca?
Inevitavelmente vão acabar por fazer disparates e incomodar toda a gente.

O que eu quero dizer com este post é que, da mesma forma que os meus cães (os quais agora infelizmente não possuo por falta de tempo para eles) não vão incomodar quem não quer ser incomodado, os meus filhos também não têm de ir incomodar quem não quer ser incomodado.

(Lembro-me de um episódio num café, onde tranquilamente estava a tomar o pequeno almoço com o Princepe Herdeiro que estava entretido a ver o Ruca (blhac) no se iPad e quando demos por nós estavam 2 outros pirralhos SENTADOS na nossa mesa - os papás desta criaturas acharam normal, e nem se dignaram a perguntar se eu me importava. Claro que não me importava, eu até sou baby sitter nos meus tempos livres....)



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